Hoje em dia temos mais de 400 raças reconhecidas, a variedades de cães é alucinante. Mas estudos genéticos nos dizes que todos os cães remontam uma espécie de extinta de lobo compartilhada com o lobo cinzento, Canis Lupus.
Graças a milhares de anos de interação e intervenção humana temos uma enorme variedade de raças de cães. A história sobre como os cães evoluíram é fascinante, que começa com os primeiros encontros de nossos ancestrais.
Os pesquisadores que estudam a genética canina concordam que os cães realmente são lobos domesticados, afinal seu nome científico é Canis Lupus Familiaris. Porém, o momento exato em que o relacionamento entre lobos e humanos mudou, de desconfiança e medo, para uma parceria benéfica para os dois é ainda contestado. Maior parte das pesquisas mostram que os cães foram domesticados em 12.500 e 15.000 anos atrás, mas estudos genéticos novos sugerem que pode ter ocorrido ainda antes a domesticação. Os cães podem ter se misturado aos humanos há 130 mil anos, muito antes de nossos ancestrais humanos se estabeleceram em comunidades agrícolas.
Outra controvérsia envolve as origens desses primeiros cães domesticados. As evidências apontam para a Ásia e a Europa como o local de domesticação inicial. Um estudo de 2016, sugeriu que os cães foram realmente domesticados duas vezes – na Europa e na Ásia, mas um estudo publicado em 2017 rejeitou esses resultados, e sugere apenas uma domesticação, mas fornece evidências de que esse evento ocorreu antes, entre 20.000 e 40.000 anos atrás.
A reprodução seletiva acontece há milhares de anos em várias espécies domesticadas, não apenas em cães. Nos cachorros, a criação de traços comportamentais específicos, ocorreu primeiro. No entanto, onde e quando certos tipos de cães se originaram ainda é incerto.
Uma pesquisa encontrou algo inesperado, eles compararam a genética de várias raças conhecidas de cães pastores, e descobriram que um grupo de cães tinha suas origens no Reino Unido, outro do norte da Europa, e outro grupo do sul da Europa; a equipe pensou que eles seriam mais intimamente relacionados. Quando os pesquisadores observaram mais de perto, perceberam que cada grupo usou uma estratégia diferente para pastorear seus rebanhos, um padrão que foi confirmado nos dados genéticos. Isso confirma a crescente teoria de que várias populações humanas começaram a procriação proposital de cães independentes uma da outra.
A maioria das raças de cães que conhecemos hoje, foi desenvolvida nos últimos 150 anos, estimulada pelo que ficou conhecido como a Era Vitoriana. Durante esse período na Grã-Bretanha, a criação de cães se intensificou, e se expandiu, resultando em muitas de nossas raças de cães mais conhecidas.
Os vitorianos, influenciados pelas idéias de Darwin, tornaram-se apaixonados pela criação, e pelo ideal de uma determinada raça. Muitos dos traços conformacionais que consideramos clássicos para um certo tipo de cão têm suas origens nesta época.
A reprodução de traços continuou ao longo do século XX. O resultado final são os mais de 400 tipos de cães conhecidos como raças distintas.
A desvantagem desse extenso programa de melhoramento era a perda de diversidade genética e mudanças na estrutura que tinham, consequências prejudiciais a saúde específicas da raça, incluindo o desenvolvimento de doenças indesejáveis.
Deixe um comentário